quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Tudo sobre o cafezinho nosso de cada dia...!


Apreciado, amplamente consumido, saboreado de várias maneiras, o café faz parte da alimentação brasileira. Mesmo quem não toma costuma apreciar seu cheirinho agradável. E quem toma normalmente o faz diariamente. Puro, com leite, de manhã, de tarde, de noite, com sorvete, quente, morno, frio. O café está no topo dos alimentos mais consumidos. No mundo todo, só as plantas para fazer refrigerantes de cola e o chá ficam no mesmo patamar do café em termos de vegetais campeões de consumo.

Assim, nada mais útil do que entender um pouco aquelas xícaras esfumaçadas e saber quais são suas propriedades e efeitos para a saúde. “Café não é remédio, mas a comunidade médico-científica já considera a planta como funcional — que previne doenças — ou mesmo nutracêutica — nutricional e farmacêutica. Isso porque o café não possui apenas cafeína, mas também outros componentes”, atesta a nutricionista Priscila Maximino, da Nutrociência, em São Paulo.

Além da cafeína Potássio, zinco, ferro, magnésio e diversos outros minerais estão presentes no grão, embora em pequenas quantidades. Aminoácidos, proteínas, lipídios, além de açúcares e polissacarídeos também o compõem. Mas nem todas essas substâncias permanecem nas mesmas quantidades quando o café passa pelo processo de torrefação. Alguns deles chegam até mesmo a ser destruídos por completo se os grãos são torrados excessivamente. Geralmente, os grãos do café tipo Arábica, que é o mais usado para fazer o pó, passam por uma torrefação a 220ºC entre 12 e 15 minutos. No Brasil, os grãos passam, em média, por uma torrefação a 180ºC, durante cerca de 20 minutos. É considerado um tempo excessivo. Por isso, aqui o café costuma apresentar menor grau de qualidade, tanto nas propriedades nutritivas quanto no aroma, cor e sabor.

Por um lado, a torrefação é a responsável pelo fato de o café ser pouco calórico. Afinal, parte dos lipídios, aminoácidos e açúcares são eliminados no processo. Por outro, aumenta a concentração de cafeína, que não se perde.

Combate à depressão
Embora seja o componente mais conhecido do café, a cafeína constitui apenas uma parte de sua composição total. E é menos do que muita gente pensa, pois um grão normal tem de 0,8% a 2,5% de cafeína. Nem por isso deixa de ser parte importante desse alimento, com sua devida participação sobre os efeitos no metabolismo e nas reações orgânicas.

Uma das ações da cafeína se dá sobre os quadros de depressão. E, nesse sentido, o café parece ser um aliado importante no combate à doença. “A cafeína é um estimulante do sistema nervoso central e, em pequenas doses, pode trazer uma sensação de bem-estar, disposição e ânimo”, pondera Ricardo Borges, nutrólogo e coordenador do Centro de Nutrologia e Nutrição Clínica de Ribeirão Preto.

Quando a bebida vicia
É comum que as pessoas habituadas a tomar doses diárias de café relatem dor de cabeça quando não o consomem. Segundo Borges, “a cafeína causa dependência física. O corpo precisa dela e, se não a ingere, a pessoa passa por um período de abstinência”.

Tratando-se ainda do sistema nervoso, também há indícios de que a cafeína possa reduzir a incidência da doença de Alzheimer. Porém, estudos nessa direção ainda são experimentais, feitos com animais, e não é possível especular sobre os mesmos efeitos em seres humanos.

Efeitos amargos
Se a cafeína pode ter um papel positivo em algumas situações, em outras há algumas restrições.

Para quem tem problemas de refluxo gastroesofágico, é bom diminuir as doses. Isso porque entre o esôfago e o estômago existe um esfincter que se fecha e se abre para a passagem de alimentos. Mas a cafeína pode alterar a ação desse esfincter, facilitando a volta do conteúdo do estômago para o esôfago.

Gastrite é outro problema que exige redução de cafeína, pois esta pode se tornar um fator de irritação da mucosa do estômago.

Também há indícios de que a cafeína dificulte a absorção de cálcio pelo organismo. Mais do que isso, ela estimula a excreção de cálcio pela urina, o que causa a retirada do mineral presente nos ossos, enfraquecendo-os. No caso de mulheres na menopausa, a restrição de consumo serve justamente para prevenir a osteoporose.

Quantas xícaras por dia?
O limite apropriado para a saúde é condicionado, sobretudo, pela presença da cafeína. Com pequenas variações, os médicos e nutricionistas costumam indicar uma dose máxima de cafeína que fique entre 300 mg e 500 mg por dia.Isso corresponde a uma quantidade que vai de 3 a 5 xícaras de café. “Mas isso significa não consumir nenhum outro alimento que contenha cafeína como refrigerantes de cola; alguns chás, como o mate, o preto e o verde; e bebidas energéticas”, alerta o nutrólogo Ricardo Borges.

Atenção, cardíacos!
As restrições se estendem a quem tem problemas cardiovasculares. Segundo Borges, a capacidade estimulante da cafeína tem influência sobre o aumento da freqüência cardíaca. Também há alterações na pressão arterial em algumas pessoas nos instantes seguintes à ingestão de uma xícara de café.

Estudos nesse sentido, como o da Universidade John Hopkins, verificaram que, ao longo de anos, existe uma pequena elevação no nível de pressão arterial entre os que mantêm o hábito de tomar café diariamente.

Todos esses dados variam de pessoa para pessoa, demonstrando que, tanto há os que respondem à cafeína com tais efeitos, quanto outros que parecem desenvolver ou já possuir certa tolerância à ingestão de produtos com cafeína, sem necessariamente sofrerem nenhuma mudança nos seus níveis de pressão arterial.

Colesterol no coador
Duas substâncias presentes no café aumentam os níveis de colesterol. São o cafestol e o kahweol. Essas duas gorduras, no entanto, ficam retidas no coador. Tanto faz se for de pano ou de papel. Mas é importante ficar atento às formas de preparo que não utilizam o coador, como é o caso do café expresso, italiano ou turco. O excesso de consumo pode influenciar diretamente a elevação do colesterol. Por outro lado, já foram realizadas pesquisas que apontam a liberação de gorduras dos tecidos adiposos.

Trocando em miúdos, isso significa que o café pode contribuir para o emagrecimento. Esse efeito provavelmente está relacionado ao aumento do metabolismo provocado pela cafeína, estimulando a produção de hormônios chamados catecolaminas. Mas a liberação das gorduras dos tecidos adiposos não implica diminuição de seus níveis no sangue.

Tesouro escondido
O café também guarda um tesouro escondido e pouco comentado: os polifenóis antioxidantes, especialmente os ácidos clorogênicos. Os antioxidantes são como “micromédicos” naturais das células. Eles atuam impedindo ou diminuindo a ação dos radicais livres, que degeneram o equilíbrio celular e destroem sua funcionalidade. E, na bebida, os antioxidantes são mais numerosos do que no vinho tinto ou no chá verde, por exemplo.

Os ácidos clorogênicos, por sua vez, podem ser descritos como “cirurgiões celulares”. Ao passar pela torrefação dos grãos, eles formam as quino-lactonas. Além de os ácidos clorogênicos ajudarem a combater as inflamações, a formação de tumores e inibirem desencadeadores de asma, também contribuem para a sensação de bem-estar. “As quino-lactonas, formadas quando os grãos de café são torrados, atuam diretamente no humor, alterando as endorfinas”, afirma a nutricionista Priscila Maximino. Isso, junto com a cafeína, explica mais uma vez a sensação que o café produz no organismo.#

(Fonte: Revista Viva Saúde)

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Maus hábitos de berço


Pesquisa revela má qualidade da dieta dos bebês brasileiros.

Uma das grandes certezas da vida é a de que os pais desejam dar aos filhos tudo do bom e do melhor. Poderiam, então, começar pelo básico: oferecer comida de boa qualidade quando os herdeiros ainda são bebês, algo que não ocorre de acordo com um estudo inédito da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria).

O documento, publicado no "Jornal de Pediatria", mostra que a família brasileira está oferecendo alimentos cheios de gordura, açúcar, sal, corante e outros aditivos alimentares para bebês com quatro meses de idade. Participaram do estudo 179 crianças, entre quatro e 12 meses, de famílias das classes A, B e C de São Paulo, Curitiba e Recife. O objetivo era saber o que elas comiam durante sete dias. As mães foram orientadas a anotar tudo em uma planilha. No meio da papelada, apareceram lasanha pré-pronta congelada, macarrão instantâneo, refrigerante, salgadinho tipo batata chips, chocolate, suco artificial e muita bolacha recheada. Os bebês também bebem muito leite de vaca.

Nenhum dos alimentos citados acima deve entrar na alimentação dos bebês de até um ano de idade por terem baixo valor nutricional (engordam, mas não nutrem), serem ricos em gordura (inclusive trans), açúcar e sal. No caso do leite de vaca, por ser inadequado.

Maus hábitos
Outra constatação do estudo: os maus hábitos alimentares são generalizados. "Bebês dos três extratos socioeconômicos das cidades pesquisadas comem muito mal", diz Roseli Sarni, presidente do Departamento Científico de Nutrologia da SBP e uma das autoras. "A alimentação da criança é reflexo da alimentação da família. Se a família tem hábitos não saudáveis, como o alto consumo de sódio (do macarrão instantâneo), de carboidratos simples (balas, doces) e de gorduras, a criança também terá." Sarni suspeita que os pais careçam de informações sobre alimentação saudável, tanto para o bebê quanto para a família. "A falta de educação alimentar e nutricional aliada às práticas de marketing faz com que os pais se percam na hora da escolha alimentar." A pediatra defende a adoção de políticas de educação nutricional e uma rigorosa legislação sobre a produção de alimentos para a mudança do panorama.

Self-service
Além de falta de educação alimentar, de ler e não entender os rótulos, Sarni suspeita que outro fator contribui para a má qualidade da comida infantil: os pais não sabem cozinhar. Fernanda Oening, 30, é adepta assumida do self-service. "Nem sei como será quando a Clara começar nas papinhas, pois não tenho a menor intimidade com fogão e panelas", diz ela, que busca informações em sites ou com a mãe para não oferecer comida cheia de gorduras, sal ou açúcar à filha de cinco meses e meio. Em breve, Clara entrará no mundo das papas de carne e legumes e é nessa etapa que moram todas as dúvidas de Fernanda. "Será que poderei usar sal, carne? Quantos legumes eu terei de colocar?", questiona.

Especialistas entrevistados pela Folha responderam a essas questões. E também às dúvidas sobre as mudanças que vêm sendo recomendadas desde 2008 pela SBP sobre as primeiras papinhas infantis, como a liberação do peixe e do ovo já aos seis meses de vida. O peixe e o ovo só entravam no cardápio infantil entre oito e dez meses, pois contêm proteínas alergênicas. "Analisando trabalhos científicos, verificamos que não haveria limitação na introdução desses alimentos na dieta das crianças a partir dessa idade", explica Sarni. Para Mauro Toporovski, pediatra da Santa Casa de São Paulo, as mães não precisam restringir a oferta por medo de uma reação alérgica. Como toda mudança, essa também vem sendo adotada com cautela pelos pediatras. "Eles ainda têm muitas dúvidas sobre se podem, para quem pode e a partir de quando podem indicar", diz Sarni.

Para conferir as dúvidas e as respostas do especialistas, clique aqui.

(Fonte: Folha Online)